quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dia de macarronada

Familia, familia, cachorro, gato, galinha...
Um tipo engraçado, todo mundo é diferente, 
mas toda família é igual. 
Igual, igual, não é. Mas é fácil encontrar as características 
que definem o estereótipo de mãe, filho, tia-avó, etc.

A minha família é ótima, afinal nossa família sempre é ótima, para nós. Somos amigos, nos amamos e queremos matar uns aos outros diariamente, mas também torcemos o pescoço de quem se meter com qualquer um de nós, afinal, nossas críticas e insultos ficam dentro das quatro paredes, mesmo que falemos alto o suficiente para atrapalhar a novela do vizinho.

Lá em casa, o almoço de domingo demora a ser servido, só acontece depois que já estivermos satisfeitos de cerveja e queijos. Então, aquele monte de comida chega à mesa e nos deliciamos sob os olhares atentos de minha mãe, pronta para a tragicomédia caso algo não seja pelo menos provado por todos. 
Quando estamos quase pedindo socorro – ninguém se mexa, ainda falta a sobremesa – ok, fazemos o sacrifício. Mas esse momento de prazer, além de intenso, é efêmero e, em poucas horas, estamos todos livres, principalmente meu pai que já está de olho no relógio esperando o futebol começar, para sumirmos em segundos um da vista do outro. Parece que ficamos satisfeitos de nós mesmos após o almoço.

Mas nem todo domingo é assim, o almoço na família do meu marido é o oposto, assim como água e vinho, quer dizer, vinho e água, seguindo a ordem dessa descrição.
Diferente da casa dos meus pais, onde contamos com a presença dos meus avós às vezes, quando estão dispostos a quase desmaiarem de fome a espera do almoço; os domingos com a família do Ricardo são na casa dos avós dele, que fica cheia de filhos, noras, genros, netos.

Ali a festa começa cedo, e acaba tarde. Meio dia e zero o almoço é servido - não sei como cabe todo mundo à mesa, até porque acho que nunca cheguei a tempo para o almoço – eles terminam de comer e o papo continua, continua e continua, a mesa do almoço sai e a do lanche entra. A avó prepara um pão caseiro, todos novamente ao redor da mesa e um entra e sai que nem percebo quem acabou de chegar. 
E quando parece que a festa está para acabar, sai a mesa do lanche e aparece o jantar, juro! Eles passam o dia todinho em volta da mesa. E é bonito de ver, todos alegres conversando sobre a vida e os avós, com brilho nos olhos por presenciar a família ali toda reunida.

Enquanto isso, na casa dos meus avós, o portão já está trancado com cadeado e tudo, só falta uma plaquinha de não perturbe. E minha mãe ligando pra dizer que a pizza chegou, se quisermos jantar, para correr pra casa.

Imagino que a sua família seja bem parecida e completamente diferente da nossa e essa é a graça, na mistura de culturas e referências, caracterizamos a diversidade do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário