terça-feira, 30 de agosto de 2011

Up-to-date

Tem gente que dita a moda, outros que seguem a tendência, muitos vivem fora de moda, e alguns criam seu próprio estilo.

Inventar moda é para estilistas. Mentes criativas e personalidades fortes e refinadas. É a alta costura extravagante das passarelas transformada em peças impecáveis e combinações harmoniosas nos editoriais das melhores revistas de moda e assim adaptado nas ruas.

Estar na moda requer habilidade, ou melhor, bom senso e bom gosto. Esse grupo é subdividido entre os clássicos, sempre bem vestidos, com poucos itens e todos de qualidade indiscutível. Os que fazem parte de uma tribo, como surfistas, hippies, metaleiros, emos, esportistas. Os sem compromisso, que usam o que lhe cai melhor, valoriza os pontos fortes e esconde os defeitinhos. E, claro, os antenados, ligados na tendência da estação e com um guarda-roupa invejável (no geral, pessoas que trabalham no mundinho fashion).

Mas para cada fashionista, tem sempre um demodé. Seja por mau gosto – escolhe o que há de mais feio e mistura à cores sem sintonia – o tipo sem solução. Ou por gula – coloca tudo que gosta e sai de casa parecendo uma árvore de natal – desconhece o termo too much

Sim, dinheiro traz felicidade! Mas é possível vestir-se bem sem gastar muito, os brechós e 25 de março estão aí para provar. E como dinheiro não é sinônimo de bom gosto, se um par de Manolo passar por você, e no mesmo instante que seus olhos brilharem e o cotovelo doer, não estranhe se seu queixo cair ao perceber a composição do look completamente over – Katy Perry no VMA é um bom exemplo de incidentes assim.

E como diz o ditado: para toda regra, a sua exceção. Há quem acerte o figurino além das fashion trends. Ousadia e auto-estima são fundamentais. Não esperam criar tendências, mas usam e abusam do que têm no guarda-roupa. Geralmente peças caras e low cost  misturadas; estilo anos 20, 60, 80, do verão passado; detalhes originais; cores e acessórios em harmonia e muita confiança no andar. Esse tipo atrai olhares por onde passa, são elogiados, questionados e criticados, mas o que realmente importa é o prazer da criação em alto estilo.


Video lindo: www.youtube.com/watch?v=7JxfgId3XTs

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Chá de Lingerie

Sábado foi o chá de lingerie de uma amiga. Tarde animada com direito à Kir Royal, gargalhadas e até um vibrador com controle remoto. Como as coisas mudaram né? Quem faz chá de panela hoje em dia se tem a chance de renovar o guarda roupa com cintas-ligas, babydolls e aquele brinquedinho que, apesar de descolada, não imaginava ser tão divertido!

Mas convenhamos, essa mudança é tão boa para as mulheres quanto para seus maridos, que ao invés de lutarem contra a balança pelos deliciosos jantares feitos pela esposa perfeita, deliciam-se com uma salada preparada em 5 minutos de entrada e o prato principal vestindo aquela calcinha de onça fio dental que ganhou da tia de 70 anos.
Parece que as mulheres de outra época aproveitam a oportunidade para se soltarem também, ousam no presente e nada sabemos quem entrou no embalo e decidiu apimentar a relação com o senhor seu marido que talvez tenha um infarto de tanta emoção. Sabe que minha avó me deu uma calcinha tão pequenininha no meu chá de lingerie ano passado, que até hoje não usei por não encontrá-la em meio a bagunça do meu armário.

Acredito que a transição do chá de panela para o chá de lingerie é capaz de diminuir a estatística de divórcios e deixar as sirigaitas de plantão chupando o dedo. Afinal, pular a cerca está fora de moda, e os chás de lingeries estão aí para provar isso. Até a mulher mais discreta do mundo pode vestir uma linda underwear e provocar suspiros.
Sim, somos poderosas e vou abrir o jogo com o sexo frágil - que até o momento não entendeu porque continua a ler esse protótipo de Sex and the City ao invés de rever pela terceira vez os gols da final do sub20 - e para as damas mal informadas que a partir de agora também adotarão a versão mulher fatal. O segredo da profissional bem-sucedida, da mulher irresistível, da mãe confiante, ou seja, da deusa urbana é uma linda lingerie (metade do salário em sapatos, outra metade em lingerie. Justo.)

Esse pequeno pedaço de pano é capaz de tudo. Para as gordinhas, as magrelas, muito altas e baixinhas, não importa o tipo físico, existe um estilo para cada curva – você veste e pensa: Foi feita para mim – e as pessoas no seu dia a dia nem imaginam de onde vem tanta segurança e a auto-estima batendo nas nuvens. Vem da lingerie!
Eu sempre digo ao meu marido “na dúvida, dá uma passadinha na Fruit de la Passion” não há TPM que resista a um belo conjunto rendado.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dia de macarronada

Familia, familia, cachorro, gato, galinha...
Um tipo engraçado, todo mundo é diferente, 
mas toda família é igual. 
Igual, igual, não é. Mas é fácil encontrar as características 
que definem o estereótipo de mãe, filho, tia-avó, etc.

A minha família é ótima, afinal nossa família sempre é ótima, para nós. Somos amigos, nos amamos e queremos matar uns aos outros diariamente, mas também torcemos o pescoço de quem se meter com qualquer um de nós, afinal, nossas críticas e insultos ficam dentro das quatro paredes, mesmo que falemos alto o suficiente para atrapalhar a novela do vizinho.

Lá em casa, o almoço de domingo demora a ser servido, só acontece depois que já estivermos satisfeitos de cerveja e queijos. Então, aquele monte de comida chega à mesa e nos deliciamos sob os olhares atentos de minha mãe, pronta para a tragicomédia caso algo não seja pelo menos provado por todos. 
Quando estamos quase pedindo socorro – ninguém se mexa, ainda falta a sobremesa – ok, fazemos o sacrifício. Mas esse momento de prazer, além de intenso, é efêmero e, em poucas horas, estamos todos livres, principalmente meu pai que já está de olho no relógio esperando o futebol começar, para sumirmos em segundos um da vista do outro. Parece que ficamos satisfeitos de nós mesmos após o almoço.

Mas nem todo domingo é assim, o almoço na família do meu marido é o oposto, assim como água e vinho, quer dizer, vinho e água, seguindo a ordem dessa descrição.
Diferente da casa dos meus pais, onde contamos com a presença dos meus avós às vezes, quando estão dispostos a quase desmaiarem de fome a espera do almoço; os domingos com a família do Ricardo são na casa dos avós dele, que fica cheia de filhos, noras, genros, netos.

Ali a festa começa cedo, e acaba tarde. Meio dia e zero o almoço é servido - não sei como cabe todo mundo à mesa, até porque acho que nunca cheguei a tempo para o almoço – eles terminam de comer e o papo continua, continua e continua, a mesa do almoço sai e a do lanche entra. A avó prepara um pão caseiro, todos novamente ao redor da mesa e um entra e sai que nem percebo quem acabou de chegar. 
E quando parece que a festa está para acabar, sai a mesa do lanche e aparece o jantar, juro! Eles passam o dia todinho em volta da mesa. E é bonito de ver, todos alegres conversando sobre a vida e os avós, com brilho nos olhos por presenciar a família ali toda reunida.

Enquanto isso, na casa dos meus avós, o portão já está trancado com cadeado e tudo, só falta uma plaquinha de não perturbe. E minha mãe ligando pra dizer que a pizza chegou, se quisermos jantar, para correr pra casa.

Imagino que a sua família seja bem parecida e completamente diferente da nossa e essa é a graça, na mistura de culturas e referências, caracterizamos a diversidade do Brasil.

domingo, 14 de agosto de 2011

A hora é agora

É tempo de mudanças. Pelo menos é o que minha mente repete todos os dias deste mês de agosto.
Agosto não é o mês mais bonito do ano. Não sei porque. Talvez por ser a negativa do gosto.
Gostando ou não, é tempo de mudanças.
E eu vou embarcar nessa. 

Mudar não é fácil, mas vale a pena, desde que suas energias estejam voltadas para algo melhor. Superação.
Sinto o que sempre existiu dentro de mim aflorando, implorando para sair, como uma borboleta do seu casulo. Chega desse calorzinho confortável, é hora de voar.
Nunca fui acomodada, essa mudança não é uma transformação, apenas um descobrir mais íntimo, uma preguiça e insegurança que deixo de lado.
Duvidas... Coragem... Apoio... Certeza.

Não sei ao certo o que quero ser quando crescer. Mas começo a acreditar que posso ser mesmo depois de crescida.
Esse foi apenas o primeiro passo, e foi fácil. A partir de agora não tem mais volta, porque não costumo abandonar um livro pela metade ou desistir diante à dificuldade.

Muito prazer, sou a Natacha e venho aqui para te contar tudo que passa pela minha cabeça e meus olhos. Até breve.